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Disciplinas comuns com menos carga

O relatório da senadora Professora Dorinha (União Brasil - TO) para o novo ensino médio propõe que a carga horária para as disciplinas comuns seja novamente reduzida.

O documento apresentado nesta segunda-feira (10) definiu que a formação geral básica -que inclui disciplinas como português e matemática- seja limitada a 2.200 horas, ou seja, 200 horas a menos do que havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de março.

O texto aprovado pela Câmara definiu que a carga horária dessa etapa deveria destinar 2.400 horas para a parte comum (com as disciplinas tradicionais, como matemática, português, entre outras) e 600 horas para os itinerários formativos. No caso da educação técnica, a formação geral básica teria 2.100 horas e 900 horas para a parte flexível do currículo.

O documento apresentado pela senadora agora equipara a carga horária dos dois modelos, ou seja, com redução das disciplinas comuns para a maioria dos estudantes e ampliação para os que estiverem em cursos técnicos.

Segundo o texto, a equiparação da carga horária se dá para evitar que os estudantes da educação profissional possam ser prejudicados.

"Essa equalização em 2.200 horas é iniciativa essencial, pois um formato que distingue o itinerário profissional dos demais tem potencial para reproduzir uma modelagem que [...] pode transformar o quinto itinerário num apêndice descolado do conjunto das experiências de ensino médio no Brasil", diz o relatório. Afirma ainda que o ensino técnico, com menor carga horária para as disciplinas comuns, poderia se tornar um "percurso que impossibilite determinados voos, tais como os relacionados ao pleno acesso à educação superior".

Por: Isabela Palhares (Folhapress)