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Goiás decreta situação de emergência por estiagem

Falta de chuvas na região afeta a produção agrícola e pode afetar a produção pecuária | Foto: Wesley Costa

A diminuição da quantidade de chuvas em Goiás afetou a produção agrícola do estado, que é o terceiro em produção do setor, atrás somente de Mato Grosso e Paraná. Devido a isso, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) decretou situação de emergência em 25 municípios goianos, durante 180 dias, conforme o decreto 10.407. Como exemplo, a estimativa é de que ocorra uma queda de 23% na produção de soja na safra 2023/2024.

A Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade) assume que a situação de "estiagem" ocorre quando há um período prolongado de baixa ou nenhuma pluviosidade, em que a perda de umidade do solo é superior à sua reposição. O decreto ainda classificou o fenômeno como desastre de nível dois, quando ocorre ao menos dois tipos de danos (humano, material ou ambiental). Há também o acúmulo de prejuízos ao setor público e privado que, por consequência, afetam a capacidade do governo local de responder à crise.

Segundo o texto, a situação de emergência fica limitada aos municípios citados. São eles: Acreúna, Amorinópolis, Araguapaz, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Britânia, Caiapônia, Diorama, Guarani de Goiás, lporá, Israelândia, lvolândia, Jaupaci, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Mozarlândia, Nova Crixás, Palestina de Goiás, Paraúna, Piranhas, Porangatu, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás e Turvelândia.

A principal causa para a falta de chuvas no estado, segundo o Levantamento do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), foi a passagem do El Niño, em junho de 2023. O fenômeno climático, que aumenta a temperatura dos oceanos, causou o aumento das temperaturas no estado, entre setembro e dezembro, além de chuvas irregulares. O calor acima da média afetou a umidade do solo e as plantações. Em outubro de 2023, os termômetros marcaram máximas de 40 graus, e o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta para 46 cidades do estado, por conta da onda de calor.

Segundo a a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o setor pecuarista também deve ter queda de produtividade. Os dados da federação apontam que Goiás deve enfrentar uma seca mais prolongada em 2024, o que vai prejudicar a produção das lavouras de milho que servem de alimento para o rebanho. Por consequência, as criações de gado para corte e leite devem diminuir.

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