Impasse em Campo Grande por passagem

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Com a segunda passagem mais cara do Centro-Oeste, Campo Grande (MS) enfrenta incertezas sobre o possível reajuste da tarifa do transporte público. Atualmente, há um impasse entre o Consórcio Guaicurus e a prefeitura de Campo Grande sobre o valor da passagem, que hoje custa R$ 4,65. Enquanto a empresa almeja acrescentar à tarifa dois reajustes em menos de um ano, a prefeitura tenta adiar o aumento.

Para solucionar o impasse, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Sérgio Martins, determinou que o município deve permitir que haja o reajuste, mas que é preciso ser discutido o mérito do processo. A decisão destacou ainda que, pelo contrato de concessão, o preço da passagem devia ter sido reajustado ainda em outubro de 2023.

A prefeitura questiona a legalidade da previsão do segundo reajuste, chamado de reequilíbrio tarifário (diferente do reajuste anual), que deve ocorrer a cada sete anos.

Do outro lado, a população sofre com o preço da passagem na capital do estado, que é a 10ª mais cara do país.

Nesse cenário, muitos já buscam por meios alternativos de transporte, para não ter que arcar com o aumento dos preços, que, para os usuários, não se justifica. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a frota que circula em Campo Grande é de 664.121 mil veículos, entre eles 326.592 mil carros, 158.319 mil motos e 1.023 mil ciclomotores. Vale lembrar que o município possui cerca de 900 mil habitantes, conforme o censo de 2022. Em apenas um anos, entre 2021 e 2022, a frota registrou um aumento de 3%. Os dados mostram que cada vez mais o morador de Campo Grande tem preferência pelo transporte particular.