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Dirigente do SindSaúde DF é acusada de furto

A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), Marli Rodrigues, é investigada por furto qualificado. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Marli, que é servidora aposentada da Secretaria de Saúde, deixou de repassar cerca de R$ 14 milhões provenientes da venda de precatórios entre os sindicalizados. Em 2012, um total de 19 dirigentes teriam aprovado a venda de títulos sem consultar os filiados do sindicato.

Ainda de acordo com o órgão, também são investigados o genro e a filha de Marli, além de um funcionário do sindicato, que teriam contribuído para a subtração de R$ 7,93 milhões. Marli lidera o SindSaúde há quase 12 anos e, ao longo de nove meses, ela movimentou, sozinha, cerca de R$ 1 milhão. Durante a tramitação do processo, o juiz Osvaldo Tovani alterou o tipo de crime de lavagem de dinheiro para furto qualificado.

A denúncia foi aceita pelo MPDFT em 12 de novembro de 2019 e, em 2022, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) deferiu o processo. Desde então, Marli se manteve no cargo. Isso porque o processo tem passado por diferentes instâncias e órgãos há anos. Como exemplo, desde 2021, os documentos são enviados ao MPDFT, depois retornam ao TJDFT e do tribunal são encaminhados à Polícia Civil do DF. Além disso, cada novo encaminhamento é acompanhado de solicitações de prorrogação de prazos e concessões por períodos de 90 dias.

Nas redes sociais, Marli não se referiu aos processos, mas citou que na vida é preciso ldar com "B.Os". "O importante na vida mesmo é você viver. É você sorrir. É você entender que a vida é sua e você vai ter que resolver esses B.O's", disse.