Recentemente, a ampliação do acesso a métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Distrito federal tem sido destacada como uma medida importante para atender às necessidades das mulheres, especialmente aquelas em situações mais vulneráveis. A iniciativa torna acessível uma gama de opções contraceptivas. Além disso, um dos desenvolvimentos mais significativos nessa área é a disponibilização do Dispositivo Intrauterino (DIU) para mulheres. Antes, a inserção do DIU era realizada exclusivamente por médicos, porém, após a edição da Portaria nº 422, enfermeiros também foram autorizados a realizar o procedimento.
Desde então, o número de mulheres beneficiadas com a inserção do DIU aumentou. Em comparação com 2022, quando apenas médicos podiam fazer o procedimento, houve um aumento de 38,7% no número de procedimentos realizados no ano passado, após a mudança na legislação.
Os profissionais de saúde destacam a importância da iniciativa na redução das barreiras de acesso e na eliminação de longas filas de espera para a inserção do DIU.
"Antes da portaria, precisávamos fazer a regulação da paciente, e isso demorava muito. Nesse intervalo de tempo, elas acabavam engravidando. Agora, as mulheres chegam aqui com a demanda e em uma semana nós conseguimos agendar e fazer a inserção", disse a enfermeira Rosilda Neves.
Embora haja uma ampla aceitação e benefícios evidentes associados ao DIU, as pacientes ainda passam por uma avaliação antes da inserção, o que inclui uma consulta obstétrica e ginecológica. Além disso, é necessária a assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que garante que as mulheres estejam informadas.
