De janeiro a dezembro de 2023, 255 pessoas morreram em acidentes de trânsito em estradas do Distrito Federal. O levantamento feito é do Mapa da Segurança Pública 2024, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A capital perde apenas para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com 636 e 600 vítimas, respectivamente.
A taxa de óbitos no DF por habitantes é de 9,05 a cada 100 mil. Segundo dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF), o Distrito Federal conta com uma frota de 1.358.746 carros. Considerando que a capital tem 2.817.381 habitantes, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são duas pessoas para cada carro em circulação nas vias.
A estimativa de investimentos no setor rodoviário durante o governador Ibaneis Rocha é de R$ 1,01 bilhão. Obras de recuperação de vias e aumento de novas faixas em certos trechos com alta demanda de veículos já foram iniciadas. A BR 080, uma das principais vias do DF, está com obra de duplicação prevista para iniciar ainda este ano. A obra faz parte do Plano de Governo 2023-2026, do Executivo local, que também apresenta outras propostas de obras no setor rodoviário.
Obra estendida
Uma especialista em mobilidade, que não quis ter a identidade revelada, afirma que as obras têm sido ponto de debate sobre a gestão atual. "As obras são iniciadas por pedido da população, mas, infelizmente, elas se tornam uma situação extensa e com uma orientação precária. Por exemplo, a via W3 é uma das principais de Brasília e com o trecho em reforma em frente ao Pátio Brasil, uma via expressa que operava mal com duas faixas piorou de forma notório com apenas uma pista", exemplifica.
A obra comentada pela especialista foi iniciada em março e não houve previsão de término pela Secretaria de Obras. A engenheira comenta que o DF passa por um longo período de obras que se estendem de Planaltina ao Gama.
"É dever não apenas do GDF, mas também de outros órgãos, como o Detran, investirem, de forma pesada, nas questões de trânsito. Em 2023, o DF arrecadou R$ 361,8 milhões em multas que poderiam ser convertidas em maior sinalização nas vidas, em novos radares de velocidade. Essa conscientização deve partir da sociedade em prol da segurança no trânsito, seja em carro ou no transporte público", finaliza.
