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Brasília é palco de atos que promovem cultura negra

Eventos discutem a importância da cultura quilombola no país | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Por Mayariane Castro

Brasília será palco nos próximos dias de eventos que celebram a cultura de descendência afrobrasileiro e a luta do povo de origem negra. A capital recebe a 2ª edição do 'Aquilombar: Ancestralizando o Futuro', o maior evento do movimento quilombola do país. O evento teeve na quinta-feira (16) e ocorrerá na Funarte. A programação faz parte da programação da II Jornada de Lutas dos Quilombolas no Brasil, organizada pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

"É através desse encontro que as comunidades negras rurais de todo território nacional têm a oportunidade de compartilhar suas vivências, saberes e experiências, contribuindo para a preservação e fortalecimento da herança cultural afro-brasileira", explica a organização do evento.

No espaço, oficinas de trança e dança estarão disponíveis para o público, além de uma tenda de atendimento jurídico. As rodas de conversa terão foco nos temas de educação, saúde, eleições municipais e candidaturas quilombolas, racismo e violência contra os quilombos no Brasil, turismo étnico e a questão LGBTQ dentro da sociedade quilombola.

De acordo com dados do Censo 2022, divulgado pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), 1,3 milhão de pessoas se autodeclaram quilombolas no Brasil. O termo quilombola é utilizado para identificar pessoas que são "remanescentes de comunidades dos quilombos". Nos séculos XVI à XIX, os quilombos foram criados por pessoas escravizadas que fugiam do regime de violência imposto pela escravização.

Enquanto isso, acontece também na cidade histórica de Planaltina a 1ª edição do Festival Cena Expandida - Festival de Teatro e Comunidade de Brasília. O evento conta com sete peças teatrais, espetáculos de dança, oficinas culturais com grupos de São Paulo e Rio de Janeiro e rodas de conversas para falar sobre acessibilidade, inclusão e democratização da arte. E também é voltado a divulgar a produção de cultura negra.

Dentro da programação, haverá debates sobre resistência dentro da arte, diálogos a partir da perspectiva negra e periférica. Também haverá oficinas de produção cultural, teatro e performance.

A entrada é gratuita, os ingressos podem ser retirados pelo site Sympla.