Por:

Ibaneis vai contratar 492 servidores para Saúde

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou em suas redes sociais a contratação de 492 profissionais de saúde. A medida, divulgada no início da tarde da segunda-feira (27), prevê a nomeação imediata de 221 técnicos de enfermagem, 122 enfermeiros e 149 médicos. Na postagem, Ibaneis também enfatizou que continua empenhado em melhorar a assistência de saúde em toda a região do DF.

Na sexta-feira (24), durante a visita à AgroBrasília, o governador afirmou que pretendia aprimorar o serviço público de saúde do Distrito Federal, após o registro de pelo menos cinco óbitos de crianças em hospitais, unidades básicas de saúde e UPAs desde o mês de abril.

"A gente espera poder cada vez mais melhorar a saúde no Distrito Federal. Contratamos mais de 7 mil profissionais ao longo desses últimos anos, e a gente vai continuar fazendo esse esforço para melhorar a saúde da nossa cidade", afirmou Ibaneis Rocha.

Nos últimos dias, a saúde do DF tem sido alvo de críticas de parlamentares (distritais e federais) e da população em geral, devido aos registros de óbitos de cinco crianças na rede pública de saúde.

Em 14 de abril, Jasminy Cristina de Paula Santos, de 1 ano, não recebeu atendimento adequado no Samu e na UPA do Recanto das Emas, onde acabou falecendo.

Em 27 de abril, um bebê morreu após uma longa espera por um parto no Hospital Regional de Sobradinho, com relatos de negligência por parte da equipe médica.

Em 15 de abril, Anna Julia Galvão, de 8 anos, também enfrentou dificuldades no atendimento médico antes de falecer no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

Em 14 de maio, Enzo Gabriel, de 1 ano, aguardou mais de 12 horas por um transporte para uma UTI no Hmib, onde veio a falecer.

Em 21 de maio, Aurora, com apenas 3 dias de vida, morreu devido a complicações no parto, após tentativas de indução e uma cesárea de emergência no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Todos os casos são investigados.

Devido à repercussão negativa e para esclarecer a situação, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, e a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, realizaram uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (23). Na ocasião, Rocha negou que há crise na Saúde e Lucilene elencou ações desenvolvidas para lidar com a alta demanda, sobretudo, na pediatria.