Os deputados da Câmara Legislativa do DF (CLDF) protocolaram um requerimento para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Os signatários do documento foram Fábio Felix (Psol), Gabriel Magno (PT), Max Maciel (Psol) e Dayse Amarilio (PSB). A instauração da CPI requer o apoio de oito parlamentares.
Na ocasião, a CLDF recebeu a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o secretário chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, e o diretor-presidente do Iges, Juracy Cavalcante. Além disso, todos os 24 deputados distritais estiveram presentes.
No documento de abertura da CPI, os parlamentares afirmam que "é amplamente reconhecido pela sociedade do Distrito Federal que o sistema de saúde pública enfrenta uma série de desafios críticos, resultando em sérios prejuízos no atendimento à população".
O deputado Fábio Félix — possível relator caso a proposta obtenha o apoio necessário — comentou que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) não forneceu respostas claras às acusações de negligência, o que, segundo ele, agravou ainda mais a situação da saúde pública. "Há uma arrogância do governador do DF de não assumir a crise", avaliou o parlamentar. Felix também lamentou a ausência de diálogo do governo com a população e os profissionais de saúde, destacando as longas filas nas unidades de saúde e a falta de infraestrutura.
Max Maciel denunciou que o Iges foi apresentado como a solução para os problemas de saúde, mas, apesar de assumir mais responsabilidades, não atende às necessidades da população e consome recursos substanciais.
Após as denúncias de negligência por parte da Saúde no DF, a pasta realizou, junto à Casa Civil, uma coletiva de imprensa em que apresentou algumas soluções. Na mesma ocasião em que afirmou não haver crise na saúde, o governo distrital se comprometeu a entregar 60 novas ambulâncias, avaliadas em R$17 milhões, além da contratação de profissionais temporários para suprir o déficit de 158 pediatras, e a criação de salas de monitoramento no Hospital de Base. Além disso, o governador Ibaneis Rocha anunciou, em suas redes sociais, que irá contratar 492 profissionais da área de saúde (149 médicos, 221 técnicos e 122 enfermeiros).
