Em meio a debates sobre a paralisação e greve das instituições federais, a Universidade de Brasília (UnB) foi eleita a 5ª melhor universidade federal do Brasil. O ranking foi divulgado pela QS World University Rankings 2025 nesta terça-feira (4/6).
Do Brasil, 22 universidades federais e 35 no geral foram avaliadas dentro do estudo. Ao todo, 5.663 universidades participaram do novo ranking, sendo quase o dobro de instituições que participaram do mesmo programa em 2023. No ano passado, apenas 2.963 faculdades foram avaliadas pelo órgão.
A UnB subiu as notas e se mantém no ranking entre as cinco melhores federais desde 2020. Dentro dos critérios de avaliação, a universidade da capital federal se destacou nos indicadores de rede de pesquisa internacional (67,5) e sustentabilidade (35,1). Outros critérios avaliados envolvem questões de empregabilidade e reputação acadêmica, que também ajudaram a pontuação da universidade.
O QS World avalia as universidades nos seguintes indicadores: reputação acadêmica, reconhecimento no mercado de trabalho, citações por docente, relação docente aluno, estudantes estrangeiros, docentes estrangeiros, rede de pesquisa internacional, empregabilidade e sustentabilidade.
Greve
A entrada da UnB no ranking, porém, acontece em um momento complicado para a instituição. Os professores estão em greve. Durante reunião nesta segunda-feira (3/6), o governo federal não chegou a um acordo com as entidades que representam as instituições federais. As negociações estavam sendo debatidas com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e, diante da negativa, o órgão informou que espera nova proposta para debate e não definiu data para uma nova reunião com os professores
Em meio à crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião para conversar com os reitores das universidades federais e instituições representantes na próxima segunda-feira (10/6). O tema da reunião não foi informado e segue em sigilo.
A reitora da UnB, Márcia Abrahão, afirmou em entrevista ao site Metrópoles, nesta quarta-feira (5/6), que o semestre letivo não será cancelado e sim, reajustado para os docentes que aderiram à greve. Ou seja, professores que não aderirem à greve continuarão dando aulas presenciais normalmente. Os que pararem terão de repor mais adiante as aulas.
