O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) deu um prazo de cinco dias para que a Secretaria de Saúde (SES-DF) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) expliquem detalhadamente os problemas no transporte de pacientes entre unidades de saúde, incluindo a demora na chegada de ambulâncias. A solicitação ocorre em meio a registros de mortes de crianças na rede pública de saúde. Em um dos casos, uma criança de um ano aguardou por mais de 12 horas por uma ambulância para ser transferida da UPA do Recanto das Emas para o Hospital Materno Infantil (Hmib).
O TCDF solicitou que o Iges-DF e a SES-DF esclareçam os motivos para as alterações nas cláusulas do contrato de 2022 em comparação com o de 2021, os mecanismos de fiscalização utilizados pelo Iges para este contrato e outros semelhantes, a existência de um plano de urgência para atender a demanda de transporte de pacientes — considerando uma possível insuficiência na quantidade atual de viaturas disponíveis — o planejamento e controle da utilização das ambulâncias, além dos critérios para a distribuição dos veículos e o número de viaturas necessárias para atender a demanda da rede pública de saúde.
O tribunal também solicitou informações sobre quantas ambulâncias estão em operação e a previsão de compra de novos veículos. No dia 22 de maio, a Secretaria de Saúde informou que está em processo de compra de 62 novos veículos, sendo 12 para o SAMU e 50 de suporte básico, com um prazo de três meses para a entrega das ambulâncias. Em uma coletiva de imprensa, o diretor-presidente do Iges, Juracy Cavalcante Lacerda Jr., anunciou a criação de uma sala de monitoramento no Hospital de Base para definir as prioridades de atendimento pelas ambulâncias.
