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Ação ressocializa detentas trans no DF

A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), em conjunto com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) e a Secretaria de Segurança Penitenciária (Seape), lançou uma iniciativa inovadora visando a inclusão de pessoas trans na Penitenciária Feminina do DF (PFDF).

Na última quarta-feira (12), o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) inaugurou uma cela específica para pessoas trans, marcando um avanço importante na dignidade e ressocialização dentro do sistema prisional. A medida visa enfrentar os desafios enfrentados por esse grupo historicamente marginalizado, tanto na sociedade quanto no mercado de trabalho.

Uma pesquisa conduzida pela Funap revelou uma demanda significativa por oportunidades de inclusão profissional entre pessoas trans. Em resposta, 20 reeducandas trans cadastradas na fundação foram contratadas para empregos, evidenciando uma resposta positiva e imediata das autoridades e empregadores.

Deuselita Martins, diretora-executiva da Funap, ressaltou a importância da capacitação profissional como um meio de quebrar o ciclo de discriminação e exclusão, permitindo a reintegração efetiva dessas pessoas à comunidade após o cumprimento da pena.

Um dos aspectos-chave dessa iniciativa é um curso de crochê oferecido pela Funap na PFDF, onde cerca de 20 mulheres trans participam do programa. Além de ensinar habilidades práticas como crochê e tricô, o curso proporciona uma oportunidade para as participantes criarem peças para doação, promovendo a ocupação produtiva do tempo e o desenvolvimento da autoestima.

A colaboração entre a Funap e a Seape é fundamental para adaptar a formação profissional às necessidades específicas das reeducandas trans.