Por: Mayariane Castro

DF tem o menor número de homicídio em 25 anos

Meta de Avelar é feminicídio zero | Foto: SSP/DF

De janeiro a maio de 2024, o Distrito Federal teve o menor número de vítimas de homicídio e feminicídio dos últimos 25 anos. Segundo os dados do Balanço Criminal da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), a quantidade de mortes em 2024 foi de 93 contra 268 casos em 2000, durante o mesmo período.

Ainda de acordo com os números, houve queda no número de vítimas de crimes violentos letais intencionais, sendo eles latrocínio e lesão corporal seguida de morte, para 93 casos. No ano passado, a capital já havia registrado o menor índice de assassinatos dos últimos 47 anos, porém com o novo balanço, o número caiu em 23,8%.

No caso do crime de feminicídio, as ocorrências e o número de mortes foram o dobro em 2023, quando houve 14 casos computados contra sete em 2024 no mesmo período. O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, diz que o número que se busca no que diz respeito ao feminicídio é a marca zero no Distrito Federal, diante das quedas e das medidas de proteção às vítimas

Apoio

O programa Viva Flor e o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP) fazem parte das políticas públicas de proteção às vítimas em situação de risco extremo em casos de monitoramento de agressores e perseguidores. Outra medida adotada pelo GDF foi a distribuição nas delegacias especiais de Atendimento à Mulher, localizadas na Asa Sul e em Ceilândia.

Especialistas afirmam que a queda no número de crimes, principalmente de feminicídio, mostra como as medidas de apoio têm funcionado e oferecido suporte para as vítimas, porém ainda são questões sociais complexas que órgãos de segurança não podem controlar. O especialista em segurança pública Leonardo Sant’Anna diz que as situações de feminicídio são graves porque são crimes cometidos apenas pela vítima ser mulher e ser considerada como inferior pelo autor.

“O marco zero de crime tem uma dificuldade de ser alcançada porque o feminicídio tem uma série de variáveis que não podem ser controladas, inclusive variáveis de comportamento que são da própria vítima. A probabilidade dele acontecer diante de variáveis que não são controláveis pela Secretaria de Segurança torna esse número algo complexo de ser garantido pelas entidades públicas”, reflete o especialista.


*com informações de Agência Brasília