O Distrito Federal contará com cinco novos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) até o início de 2026, segundo informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Entre os novos centros, dois serão dedicados ao público infantojuvenil (Capsi), situados no Recanto das Emas e em Ceilândia, enquanto outros vão focar no tratamento de distúrbios relacionados ao abuso de álcool e outras drogas (Caps III AD), localizados no Guará e em Taguatinga. A quinta unidade será estabelecida no Gama e deverá começar os atendimentos em 2025, no Setor Norte da região administrativa.
Com um orçamento superior a R$ 4,6 milhões, a licitação para a construção do Caps III, do Gama, está em análise. O centro atenderá pessoas a partir dos 18 anos com transtornos mentais agudos ou crônicos, oferecendo serviços 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana e feriados. A unidade também abrangerá a Região de Saúde Sul, que atualmente possui mais de 278 mil habitantes.
Além disso, o Capsi do Recanto das Emas, atualmente operando na Quadra 307, será transferido para um novo espaço no Setor Hospitalar local, considerado mais adequado para o atendimento. A mudança está prevista para 2025, com um investimento de aproximadamente R$ 4,7 milhões.
Saúde mental
Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são especializados em prestar serviços de saúde mental de caráter aberto e comunitário. A assistência é oferecida por uma equipe multidisciplinar, que pode incluir psiquiatras, clínicos, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, profissionais de enfermagem e farmacêuticos, conforme a modalidade do centro. As atividades podem ser coletivas ou individuais, e após o acolhimento inicial e a avaliação do paciente, o cuidado continua por meio de um Projeto Terapêutico Singular (PTS), que envolve a equipe, o indivíduo e a família.
No Distrito Federal, conforme informado pelo Serviços de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do DF, há 18 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), 100 psiquiatras e 300 psicólogos na rede pública de saúde. Os profissionais são responsáveis por atuar no cuidado da saúde mental de toda a população do DF.
Dos 18 Caps existentes, sete são voltados ao acolhimento de pessoas que abusam de álcool e drogas, e quatro oferecem tratamento específico para crianças e adolescentes. O Caps I atende pessoas de todas as faixas etárias com sofrimento mental grave e persistente, incluindo casos decorrentes do uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas. O Caps II atende pessoas maiores de 18 anos com sofrimento mental grave e persistente. Já o Caps III também atende pessoas maiores de 18 anos com sofrimento mental grave e persistente, oferecendo serviços de atenção contínua, funcionando 24 horas por dia, inclusive em feriados e finais de semana, com acolhimento noturno.
Apesar da estrutura existente, a cobertura para a população do Distrito Federal, que supera 2,8 milhões de pessoas conforme o Censo de 2022 do IBGE, ainda é considerada insuficiente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada quatro pessoas no Brasil enfrentará algum tipo de transtorno mental ao longo da vida.
