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Técnicos de enfermagem iniciam greve no DF

Os técnicos e auxiliares de enfermagem do Distrito Federal iniciaram uma greve nesta segunda-feira (17), após aprovação da medida em assembleia geral na semana passada. As demandas incluem reestruturação da carreira, nomeação de aprovados em concurso e reajuste salarial. No sábado (15), a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) obteve uma decisão judicial que determinou a manutenção das atividades dos cerca de 8 mil profissionais da saúde na rede pública.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) impediu o início da greve, considerando os serviços prestados pelos profissionais como essenciais, e determinou que fosse mantido um quantitativo mínimo de funcionamento. A PGDF havia argumentado que o sindicato não apresentou um plano de contingência para garantir a continuidade dos serviços essenciais.

Apesar da decisão judicial, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF) afirmou não ter sido notificado e, portanto, manteve o movimento grevista com o objetivo de assegurar atendimento mínimo nos hospitais. O sindicato convocou uma nova assembleia-geral para quarta-feira (19), às 9h, em frente à Câmara Legislativa (CLDF).

Entre as principais reivindicações estão a vinculação dos salários a 70% do piso da enfermagem, a reestruturação da carreira para alcançar o último nível em 18 anos de serviço efetivo e a nomeação dos candidatos aprovados em concurso público. A PGDF destacou que a Constituição Federal proíbe equiparação salarial no serviço público e mencionou o aumento de 18% concedido a todos os servidores distritais, cuja segunda parcela será paga em julho.

Em relação à reestruturação de carreira e nomeação de servidores, a Procuradoria-Geral informou que as demandas estão em fase de estudo e avaliação. No entanto, a diretora do Sindate-DF, Josy Jacob, ressaltou que a categoria também busca melhorias nas condições de trabalho, destacando um déficit de quase 5 mil profissionais na rede pública de saúde.

"A demanda aumentou, mas não o número de profissionais. Não podemos atuar dessa forma", destacou a diretora.

A categoria pretende manter a greve até que haja negociação com o Governo do Distrito Federal, garantindo o cumprimento de escalas para assegurar o funcionamento mínimo conforme estipulado na legislação.