Como parte das ações da nova gestão administrativa do Cine Brasília, o local passará a ter mais sessões de acessibilidade para pessoas com deficiência, com foco em pessoas do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A diretora do Cine Brasília, Sara Rocha, ressalta que a gestão também pretende cumprir uma meta de realizar pelo menos 864 sessões ainda em 2024, ou 72 sessões por mês.
“Queremos ampliar as sessões acessíveis e tornar essa mobilização de público de pessoas com deficiência mais frequente, mais inclusiva, com as sessões dedicadas, que são exclusivas para esse público. A gente também tem ao longo da programação regular a meta de ampliar cada vez mais os filmes que possuam recursos de acessibilidade em segunda tela, para tornar a programação regular e continuada do cinema cada vez mais inclusiva para todos os públicos”, acrescentou a gestora.
Retorno positivo
Para Ingrid Medeiros, mãe de duas crianças autistas, as sessões azuis de cinema são mais que necessárias para que seus filhos possam ter a mesma diversão que outras crianças. “Trabalhar com a exclusão onde as pessoas pensam que a solução correta seria deixar as crianças com TEA sem contato com novas experiências é mais do que ultrapassado, é desrespeitoso”.
Com lei
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promulgou em março deste ano uma lei que torna obrigatório que cinemas do DF tenham exibições preferenciais adaptadas a pessoas dentro do espectro autista e suas famílias (Lei Nº 7.436), sem alteração no valor dos ingressos. A medida diz que todos os cinemas precisam realizar, no mínimo, uma sessão por mês, sob pena de multa de R$ 5 mil a R$ 10 mil reais em caso de descumprimento da norma.
A lei foi de autoria do deputado distrital Robério Negreiros (PSD-DF), e trouxe dentro do texto a necessidade da inclusão social em ambientes de diversão para todos. A primeira sessão de cinema adaptada para o público autista em Brasília foi realizada em 2016, pelo Boulevard Shopping, em parceria com a empresa Sessão Azul.
*com informações da Agência Brasília
