Por: Mayariane Castro

Em véspera de férias, parlamentares votam 30 projetos e LDO

CLDF corre para entrar nas férias do meio do ano | Foto: CLDF

Após acordo firmado em sessão inicial na segunda-feira (24), parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) adiantaram todas as votações pendentes para sair de férias mais cedo, decretando o período de recesso. As férias dos deputados distritais se iniciam no dia 1o de julho e têm previsão de duração de 30 dias até a retomada das sessões e novas votações.

Foram votados em um só dia 30 projetos de lei e também a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 que debateram, principalmente, sobre os gastos com educação, saúde e segurança pública do Distrito Federal. O relator da LDO, deputado distrital Eduardo Pedrosa (União), explicou que não havia grandes conflitos para a aprovação, pois havia um acordo feito entre os parlamentares na segunda-feira (24) de não vetar as emendas parlamentares.

Uma das inclusões aprovadas dentro da LDO foi o projeto “Abrigo Amigo”, do deputado distrital Iolando (MDB). O parecer não teve nenhum voto contrário e foi aprovado em primeiro turno durante sessão nesta terça-feira (25). O projeto visa aumentar a segurança em pontos de ônibus com a implementação de totens nas paradas para que o passageiro tenha contato em tempo real com uma central de atendimento que acione as autoridades em caso de risco à segurança pública.

Desacordos

Durante a votação do projeto da deputada Paula Belmonte (Cidadania) sobre o Plano Distrital de Juventude do Distrito Federal, deputados entraram em um debate acalorado sobre intolerância e perseguição religiosa. O deputado distrital Thiago Manzoni (PL) argumentou que um dos pontos do projeto incitava a perseguição ao cristianismo ao valorizar religiões de matriz africana.

“Toda vez que tem as palavras gênero e raça vocês sequer lêem o projeto e este tipo de fala gera dor e ônus a uma série de pessoas que são afetadas por este comportamento. Este discurso fere a democracia”, disse Max Maciel (PSol) em resposta ao deputado. Houve intervenção do vice-presidente da Câmara Ricardo Vale (PT) e por maioria, o item foi retirado da pauta sem veto da emenda para uma nova votação futura.