O Mato Grosso enfrenta uma crise crescente de focos de calor em seus biomas (Pantanal, Cerrado e Amazônia), com um aumento significativo nos últimos 24 dias. As regiões do Pantanal, Amazônia e Cerrado registraram juntas mais de 2,1 mil focos de calor, marcando um aumento de 40% em comparação ao mesmo período de maio, quando foram contabilizados 1,5 mil focos.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso lidera o ranking nacional de queimadas em 2024, com 8.249 focos de calor até esta segunda-feira (24). O estado enfrenta uma seca severa, o que contribui para a propagação rápida das chamas.
O ranking de estados com mais focos de calor segue com Roraima (4.627 focos), Mato Grosso do Sul (3.853 focos), Tocantins (3.226 focos) e Maranhão (2.176 focos). O Mato Grosso, sozinho, teve mais de 607,8 mil segundo análise do Instituto Centro de Vida (ICV).
A situação mais crítica é observada na Amazônia, com 1.205 focos, seguida pelo Cerrado com 593 e Pantanal com 324. Cada bioma apresenta desafios específicos: o desmatamento na Amazônia, a seca e expansão agrícola no Cerrado, e a seca severa e queimas em propriedades no Pantanal.
O Instituto S.O.S Pantanal e especialistas do ICMbio e WWF Brasil alertam que a Amazônia, não adaptada ao fogo naturalmente, enfrenta incêndios ligados ao desmatamento. Enquanto isso, Cerrado e Pantanal, adaptados ao fogo, enfrentam condições extremas com incêndios intensos e persistentes devido à seca.
As ações de combate e prevenção são realizadas pelo ICMbio, com apoio do Ibama e Corpo de Bombeiros, focando nas áreas de preservação federal para conter as chamas.
