Após mais de 90 dias de impactos das queimadas, a cidade de Corumbá (MS), conhecida como a "Capital do Pantanal", começa a ver uma mudança significativa. Nesta segunda-feira (8), os moradores acordaram com os termômetros marcando 13ºC pela manhã. A umidade relativa do ar, entre 63% e 76%, também auxilia nos esforços contra os incêndios na região, conforme apontam meteorologistas.
Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo, destaca que a redução na temperatura e o aumento da umidade são fatores cruciais para mitigar os focos de incêndio. No entanto, ressalta que o solo continua extremamente seco, o que demanda cautela contínua nas operações de combate.
Imagens de satélite evidenciam a regressão dos focos de incêndio no Pantanal. Dados da NASA mostram uma diminuição nos pontos de calor, comparado à semana anterior. O sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) reportou que, entre sábado e domingo, foram registrados, em média, um foco de incêndio por hora, enquanto quinta e sexta-feira acumularam 133 focos de calor.
Atualmente, bombeiros e brigadistas concentram seus esforços em seis áreas específicas: Porto Sucuri, Paraguai Mirim, Pantanal do Nabileque, Nhecolândia, Rio Abobral e Porto Rabicho. Desde o início dos incêndios, mais de 762 mil hectares já foram devastados, deixando um rastro de destruição ambiental e mortalidade de animais.
A população de Corumbá, que enfrentou semanas de fumaça intensa e condições de ar extremamente seco, agora espera que as condições climáticas favoráveis continuem a ajudar nas operações de combate, proporcionando um alívio bem-vindo após um período de intensa crise ambiental.
