Na manhã desta quarta-feira (10), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram uma operação conjunta contra um grupo suspeito de importar ilegalmente grandes quantidades de produtos eletrônicos, incluindo cerca de 500 mil celulares nos últimos cinco anos. A ação abrangeu o Distrito Federal e outros seis estados: São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Maranhão.
Segundo as investigações, há indícios de que a organização criminosa movimentou, aproximadamente, R$ 1,6 bilhão para o exterior. O grupo, conforme apurado, operava dividido em núcleos responsáveis por diferentes etapas do esquema, como negociação e venda dos produtos, transporte, constituição de empresas fictícias, remessa de dinheiro para o exterior e receptação dos produtos para revenda.
No Distrito Federal, os mandados resultaram em buscas na Feira dos Importados na manhã de quarta-feira (10), onde duas lojas alugadas foram alvo da ação. Em nota, a administração da feira afirmou ter acompanhado os procedimentos e que as atividades do local seguiram normalmente após o término da operação, sem obstrução ou fechamento após a saída das equipes investigativas.
Além da conta
A operação também resultou na apreensão de aproximadamente mil aparelhos eletrônicos em Brasília ao longo do dia de hoje. Os suspeitos enfrentarão acusações que incluem falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas para os crimes, se condenados, podem chegar a até 37 anos de prisão, de acordo com a PF.
A ação é parte de um esforço conjunto das autoridades para combater o contrabando e a importação irregular, crimes que impactam negativamente a economia nacional e o erário público. As investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos no esquema e desmantelar completamente a rede criminosa.
Ao Correio da Manhã, a equipe da Receita Federal do Distrito Federal relatou o êxito da ação. “A operação foi satisfatória sim, pois aprofunda as consequências a criminosos que, até então, se sentiam à vontade para sonegar centenas de milhões de reais e usufruir de lucros bilionários, frutos de atividades ilícitas. As equipes da Receita se sentem motivadas a ampliar esse trabalho conjunto com a PF, pois os efeitos da sonegação são tão danosos quanto o desvio de dinheiro público, já que os criminosos em ambos os casos apropriam-se de recursos que deveriam ser investidos em prol da sociedade”.
