UnB quer ampliar presença feminina em cursos de exatas
Dados mostram a predominância masculina em áreas como computação e engenharia civil
A presença feminina nos cursos da área de exatas na Universidade de Brasília (UnB) permanece abaixo do esperado, apesar das iniciativas para incentivar a participação feminina. Dados dos anuários estatísticos da universidade revelam que, nos últimos cinco anos, a porcentagem de mulheres com matrículas ativas é de 12,84% no curso de computação e 31,1% em engenharia civil.
Com o objetivo de alterar esse panorama, a UnB, uma das principais instituições de ensino superior do Brasil, tem promovido esforços para apoiar e incentivar a presença feminina na área. Em 2010, professoras do Departamento de Ciência da Computação, Maristela Holanda, Aletéia Araújo e Maria Emília Walter, fundaram o projeto de extensão meninas.comp.
O projeto, apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), busca oferecer oficinas motivacionais para meninas do ensino fundamental e médio de escolas públicas. O objetivo é familiarizar as estudantes com atividades relacionadas à área de exatas e apresentar o curso como uma possível opção de carreira dentro das possibilidades de uma área majoritariamente masculina.
Panorama interno
Para as alunas já matriculadas, a universidade proporciona um acolhimento desde o início dos estudos, começando na calourada. Essas ações visam criar um ambiente mais inclusivo e ajudar na adaptação das novas alunas ao ambiente acadêmico.
A Universidade de Brasília se destaca em rankings internacionais, ocupando o 836º lugar no Center for World University Rankings (CWUR) entre 20.966 instituições de ensino superior avaliadas. No cenário nacional, a UnB é classificada como a 11ª melhor universidade do Brasil e a 7ª entre as instituições federais. Na América Latina, a universidade avançou para a 19ª posição.
Essas estatísticas ilustram o progresso da universidade em termos de reconhecimento global e regional, embora ainda haja desafios significativos para aumentar a participação feminina em áreas tradicionalmente dominadas por homens. A UnB considera o projeto meninas.comp um passo importante na busca por uma maior equidade de gênero nos cursos de exatas.