Por: Mayariane Castro

Ar do Distrito Federal foi o pior do Brasil

Na terça-feira, Brasília era a segunda cidade mais insalubre do país | Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Na segunda-feira (27), a cidade de Brasília tornou-se a região com a pior qualidade de ar do Brasil, e a quinta pior do mundo. Os dados são da plataforma Índice de Qualidade do Ar (AQI), que aplica diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para as suas avaliações. A qualidade do ar no Brasil é considerada insalubre neste momento em oito estados e no Distrito Federal. As áreas com maior concentração de partículas poluentes incluem Manaus, no Amazonas, e regiões ao redor de Ribeirão Preto, em São Paulo, após os incêndios criminosos de grande magnitude que ocorreram no estado desde o fim de semana.

Na segunda-feira, Brasília liderava o ranking nacional de cidades com pior qualidade do ar e chegou a estar entre as cinco primeiras do mundo nas análises da AQI. A atualização desta terça-feira informou que a situação em Manaus se agravou e Brasília caiu para o segundo lugar na lista nacional. A situação, assim, continua muito grave na capital do país.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou que a seca, que se intensificou a partir de meados de 2023, afeta agora mais da metade do país. O Brasil enfrenta uma das piores secas das últimas décadas, com 16 estados e o Distrito Federal experimentando a mais severa estiagem dos últimos 44 anos.

Emergência

Em resposta à situação, o Distrito Federal instituiu uma comissão destinada a desenvolver um plano para lidar com episódios críticos de poluição do ar. A comissão foi estabelecida em decreto e foi formada após uma reunião do governador Ibaneis Rocha com autoridades do governo local. A formação do grupo foi motivada pela recente deterioração da qualidade do ar na capital federal, causada pela cortina de fumaça proveniente de outros estados que se instalou sobre Brasília desde o domingo (25).

Composta por 17 órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) e coordenada pelo Instituto Brasília Ambiental, a comissão terá a responsabilidade de propor ações para ampliar e modernizar a rede de monitoramento da qualidade do ar. O grupo tem um prazo de 90 dias para apresentar suas propostas. A comissão deverá avaliar as medidas necessárias para mitigar os impactos da poluição e melhorar a resposta a futuros episódios críticos.