Nesta terça-feira (3), médicos do DF iniciaram uma greve, desrespeitando uma decisão judicial do desembargador Fernando Habibe, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A greve foi interditada pela justiça no dia 27 de agosto, e uma nova decisão, em 30 de agosto, elevou a multa diária por descumprimento de R$ 50 mil para R$ 200 mil.
Os profissionais realizaram uma manifestação em frente ao edifício PO700, sede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). A principal reivindicação da categoria inclui melhorias salariais, novos concursos para cargos vagos e preferência na mudança de local de trabalho conforme a classificação nos concursos.
O Governo do Distrito Federal (GDF) argumenta que a manutenção de 100% do corpo médico é crucial para a adequada prestação dos serviços públicos. O Executivo também afirma que um reajuste salarial poderia comprometer o equilíbrio financeiro das contas públicas e destaca que a remuneração dos médicos já é superior a R$ 20 mil, acima da média de outras categorias no DF. Em julho de 2024, os servidores receberam a segunda parcela de um aumento de 18%. Sobre as outras reivindicações, o governo mencionou a realização de concursos com cadastro de reserva aberto e contínuo.
O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) informou que a greve continuará até que uma proposta satisfatória seja apresentada. Representantes da entidade se reuniram com o secretário de Economia do DF, Ney Ferraz Júnior, e com o deputado distrital Jorge Vianna (PSD) para discutir as demandas. O presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, criticou a situação, afirmando que a greve é uma resposta à deterioração do Sistema Único de Saúde (SUS) no DF.