Mato Grosso enfrenta uma crise significativa de incêndios florestais, destacando-se como o estado brasileiro com o maior número de focos de incêndio em agosto. O estado já registrou mais de 10,6 mil focos de calor neste mês, um aumento alarmante de 343% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Na Chapada dos Guimarães, a situação é crítica. Às 11h, a temperatura na região era de 35º C, e rajadas de vento de 37 km/h ajudaram a propagar o fogo. As chamas avançam por áreas de difícil acesso, tornando o combate ao incêndio ainda mais desafiador. Brigadistas equipados com bombas costais e sopradores, junto com um avião que despejou água, conseguiram proteger pelo menos uma residência da destruição.
O incêndio, que já dura 15 dias, está se aproximando do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, afetando os atrativos turísticos da área. Nesta quarta-feira (4), quatro desses atrativos foram fechados devido à intensa fumaça. Na região amazônica de Mato Grosso, o fogo causou a destruição de casas em aldeias da Terra Indígena Capoto Jarina e continua fora de controle no parque indígena do Xingu.
No Pantanal, a força-tarefa de bombeiros e brigadistas está concentrada principalmente em Barão de Melgaço, onde o incêndio começou no início de agosto. Atualmente, a área mais crítica é uma reserva particular do Patrimônio Natural.
A Defesa Civil e os bombeiros receberam apoio de brigadas autônomas da região, que ajudam no combate e na monitorização dos incêndios. A situação continua a se agravar, com as condições climáticas adversas e a intensificação das chamas em Mato Grosso. As autoridades locais seguem trabalhando intensamente para controlar o avanço do fogo e minimizar os danos.