Os médicos do Distrito Federal entraram em greve nesta terça-feira (3/9), apesar de uma decisão judicial que havia proibido a paralisação. O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) afirmou que a greve contou com a maior adesão desde a década de 1990. No mesmo dia, representantes do sindicato apresentaram suas reivindicações ao secretário de Economia, Ney Ferraz Júnior, e à secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Além da greve dos médicos, a situação na rede pública de saúde do DF também é marcada pela manutenção do estado de greve por parte dos trabalhadores da enfermagem. Em um ato público realizado na terça-feira (3), mais de 700 profissionais da enfermagem votaram pela continuidade do estado de greve em busca de isonomia salarial e reestruturação da carreira. O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Jorge Henrique de Sousa, destacou que a categoria enfrenta os menores vencimentos entre as carreiras de ensino superior da Secretaria de Saúde, apesar de apresentarem os melhores indicadores de produtividade.
Respeito
O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) destacou que, em abril de 2014, a rede pública de saúde do Distrito Federal contava com 5.546 médicos, enquanto atualmente o número caiu para 4.164. O sindicato alertou que essa redução está aproximando o Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal de um possível colapso após diversas situações ocorridas nesta ano envolvendo a área da saúde.
Diálogo
A secretária de Saúde do DF comentou sobre a greve e reiterou que o Governo do Distrito Federal (GDF) está engajado em um diálogo contínuo com a categoria. O GDF afirmou, por meio de nota, que está aberto à negociação com os enfermeiros e reconheceu a legitimidade das ações sindicais. A Secretaria de Saúde ressaltou que o governo está comprometido em manter o diálogo e buscar soluções para as demandas do setor de saúde.
Em resposta às movimentações da greve dos médicos e à continuidade do estado de greve dos enfermeiros, o GDF reafirmou que os serviços de saúde continuam em funcionamento, com esforços sendo feitos para atender às necessidades da população enquanto as negociações prosseguem.