Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação crítica com o avanço dos incêndios florestais. Nas últimas 48 horas, 32 das 79 cidades do estado registraram focos de incêndio, totalizando 389 pontos de calor ativos, conforme dados do sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Corumbá, na região do Pantanal, lidera com 97 focos, seguida por Porto Murtinho (45) e Jateí (41). Desde junho, 12 cidades foram declaradas em situação de emergência devido à gravidade dos incêndios.
A situação é particularmente severa no sul do estado, onde a fumaça dos incêndios no Paraguai já cobre a cidade de Ponta Porã e se estende ao Pantanal. Em Sidrolândia, o Assentamento Santa Mônica enfrenta grandes dificuldades com um incêndio que avança rapidamente devido ao vento forte.
A seca severa contribui para a propagação das chamas, com quatro cidades do estado não registrando chuvas há mais de 100 dias. Chapadão do Sul está na pior situação, com 150 dias sem precipitações.
O governo estadual e os Bombeiros Militares (CBMMS) estão mobilizados em diversas frentes para combater os incêndios. No Pantanal, quase 3 milhões de hectares já foram destruídos, e brigadistas brasileiros foram enviados à Bolívia para proteger a Serra do Amolar, ameaçada pelo avanço do fogo.
Além disso, a fumaça dos incêndios tem impacto internacional, afetando também a capital paraguaia, Assunção. Uma reunião entre os governos do Brasil e do Paraguai está agendada para discutir estratégias e ações de combate aos incêndios.
