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Déficit na saúde do DF é debate na Câmara

Na quinta-feira (12), a Câmara Legislativa do Distrito Federal sediou uma comissão geral voltada para discutir o déficit de profissionais na Secretaria de Saúde (SES) do DF. O evento, proposto pelo deputado Gabriel Magno (PT), atraiu a atenção de servidores e aprovados em carreiras da SES, que ocuparam as galerias do plenário. Magno destacou a perda de receita na saúde nos últimos anos e o impacto do déficit de pessoal nas unidades de saúde, mencionando que muitas estão operando com equipes reduzidas, resultando em sobrecarga para os profissionais e insatisfação da população.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros do DF, Jorge Henrique de Sousa, criticou a atual gestão financeira da saúde, ressaltando que o governo utiliza o Fundo Constitucional da União para cobrir despesas e sugeriu que a aplicação de recursos próprios poderia liberar até R$ 4 bilhões para melhorias. Lívia Vanessa Ribeiro, presidenta do Conselho Regional de Medicina do DF, elogiou o SUS como uma importante política de inclusão, mas alertou sobre as constantes tentativas de enfraquecê-lo. O subsecretário de Gestão de Pessoas da SES, João Eudes, relatou que a Secretaria está tentando promover uma gestão eficiente e apresentou dados sobre as recentes nomeações de médicos e enfermeiros, indicando um esforço contínuo para atender à demanda de pessoal.

Durante a reunião, os especialistas definiram uma série de encaminhamentos, incluindo a obstrução de pautas de votação até que o governo inicie negociações com as categorias da saúde. Também foi cobrada a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) pendentes, incluindo a CPI sobre o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges).