O Distrito Federal registrou um aumento de 99% nos atendimentos por náuseas e vômitos nas primeiras semanas de agosto deste ano, conforme dados recentes. Este crescimento significativo está associado às condições severas de seca e aos incêndios que afetam a região.
O Ministério da Saúde está investigando os impactos da fumaça das queimadas e da baixa umidade na saúde da população. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, convocou uma reunião com secretários e representantes de conselhos de saúde para discutir estratégias de enfrentamento da crise climática. Em coletiva de imprensa, a ministra observou que a seca, somada às queimadas, afeta 60% do território brasileiro.
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Além do Distrito Federal, outros estados também enfrentam um aumento nos sintomas de náuseas e vômitos. Em Goiás, o aumento foi de 46;, em Mato Grosso, 58%, e em Tocantins, 191%. Esses números foram fornecidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e comparam com a média histórica desde 2022.
Este ano, o Distrito Federal figura entre os cinco anos com mais dias de seca desde o início dos registros. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o ano mais seco registrado foi 1963, quando a capital federal ficou 163 dias sem chuva. Até a quinta-feira, 12 de setembro, Brasília já contabilizava 141 dias de estiagem, com previsões indicando que a umidade continuará baixa e sem expectativa de precipitação.
Recentemente, estudos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relataram que o Distrito Federal é a segunda capital brasileira com mais dias de seca, superada apenas por Belo Horizonte, que está há 145 dias sem chuva. A perspectiva dos próximos dias é que Brasília continue sem chuva e com umidades baixas em relação a qualidade do ar. Nesta época do ano, é comum para brasilienses ficarem sem chuva, porém com o aumento de queimadas, a situação se tornou ainda mais crítica.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), atendeu nesta quinta-feira (12), a, pelo menos, cinco ocorrências relacionadas a incêndios florestais. Entre as regiões atendidas estão duas situações no Park Way, uma no Núcleo Bandeirante, uma no Riacho Fundo e uma no Paranoá, locais que tem sido grande foco de queimadas.