O Distrito Federal alcançará, nesta quarta-feira (18/9), 148 dias sem precipitações, marcando o período de seca mais prolongado dos últimos 60 anos. E ficará muito perto do recorde histórico. A última estiagem de maior duração foi registrada em 1963, quando Brasília enfrentou 163 dias sem chuva, recorde que, segundo especialistas, pode ser quebrado neste ano devido às condições climáticas na capital.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que o céu do DF continuará com poucas nuvens e presença de névoa seca ao longo desta semana. As temperaturas podem chegar a 32ºC. A umidade relativa do ar, que já está em níveis críticos, deve variar entre 20% e 12%, de acordo com as previsões do Inmet, e não há previsão de melhora diante da grande queimada na Floresta Nacional de Brasília desde o final de semana.
Com esses índices baixos de umidade, o Inmet emitiu um alerta laranja para a população, indicando riscos de incêndios florestais e problemas de saúde relacionados ao clima seco. Entre os problemas mais comuns estão o ressecamento da pele e desconfortos nos olhos, boca e nariz. A recomendação é que os moradores se mantenham bem hidratados e evitem exposição ao sol durante as horas mais quentes do dia.
Investigação
A seca prolongada tem exacerbado a situação com incêndios florestais. Recentemente, um incêndio no Parque Nacional de Brasília tem sido investigado por possíveis ações criminosas, conforme declarou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), na segunda-feira (16). Para enfrentar a situação, cerca de 96 bombeiros militares, além de equipes do Instituto Chico Mendes (ICMBio), do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e do Parque Nacional de Brasília, estão empenhados no combate às chamas. Uma reunião entre integrantes do Governo do Distrito Federal decidiu que mais 1.500 bombeiros serão mobilizados para auxiliar no combate aos incêndios florestais.
Além disso, o Distrito Federal registrou, na segunda-feira (16/9), a temperatura mais alta do ano até o momento, com 34,7°C, de acordo com dados da Estação Meteorológica de Águas Emendadas, em Planaltina. A umidade relativa do ar na mesma data foi de 14%, refletindo as condições climáticas extremas enfrentadas na região.
