Nesta terça-feira (17/9), 29 escolas públicas do Distrito Federal tiveram suas aulas suspensas devido à proximidade com áreas afetadas por queimadas. A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) comunicou que a suspensão foi motivada pelos efeitos da fumaça e da fuligem provenientes dos incêndios. A medida visa proteger a saúde dos alunos e funcionários.
A SEEDF divulgou em nota que as escolas têm autorização para suspender temporariamente as atividades se identificarem riscos à saúde da comunidade escolar. A pasta destacou que, após a suspensão, será necessário apresentar um calendário de reposição das aulas para compensar o tempo perdido.
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Além das escolas públicas, a Universidade de Brasília (UnB) também suspendeu suas atividades presenciais pelo segundo dia consecutivo. Em nota divulgada na segunda-feira (16/9), a universidade afirmou que a decisão se baseia nas condições climáticas adversas e na baixa qualidade do ar causada pelos incêndios no Parque Nacional de Brasília. A UnB informou que as atividades poderão ser realizadas remotamente e que os responsáveis pela instituição devem tomar as providências necessárias para a continuidade dos serviços essenciais.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF) declarou que as escolas privadas da capital também têm permissão para suspender as aulas, se julgarem necessário. O sindicato esclareceu que os gestores das escolas particulares possuem autonomia para decidir sobre a adaptação das atividades e o cancelamento das aulas, com base na avaliação da estrutura de cada instituição e na definição de um calendário para reposição das aulas.
O site de monitoramento AQICN.org, que acompanha a qualidade do ar em tempo real, registrou as seguintes condições em três pontos do Distrito Federal por volta das 7h40 (horário de Brasília): em Águas Claras, a qualidade do ar foi classificada como “insalubre”, especialmente para grupos sensíveis como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas; na Asa Norte, a condição foi classificada como “perigosa”; e em Santa Maria, o nível foi considerado “moderado”.
O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) também avaliou a qualidade do ar na Asa Norte e registrou, às 7h54 (horário de Brasília), que o nível estava em “péssimo”, o grau mais alto da escala de monitoramento.