A circulação do vírus da covid-19 volta a crescer no Distrito Federal. O Boletim Semanal Epidemiológico nº 1033, publicado na segunda-feira (23), registrou aumento de 641 novos casos entre o período de 15 a 21 de setembro, 21% a mais em comparação à semana passada. Desta vez, com dois óbitos.
O boletim aponta que as duas mortes foram de pessoas com mais de 70 anos e comorbidade, sendo uma em Águas Claras e outra em Ceilândia. Dados levantado pelo Correio da Manhã no boletim que monitora síndrome gripal e respiratória no DF indicam 677 hospitalizações por covid no mês de setembro. A maioria, 56%, maiores de 60 anos.
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado na semana passada, alertou para o aumento dos casos de síndrome respiratória grave ocasionadas pelo vírus, principalmente nas cidades do Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
A especialista em infectologista Joana D’arc G. Silva alertou ao Correio que as pessoas não estão mais completando o ciclo vacinal. Além disso, as condições climáticas podem influenciar no crescimento da doença.
“Até as medidas básicas de cuidado como higiene das mãos, etiqueta respiratória, limpeza de superfície, evitar lugares aglomerados se tiver sintomas respiratórios, foram abandonadas. Alguns fatores como a baixa umidade, o acúmulo de partículas tóxicas no ar, aumentam o risco de complicações por doenças respiratórias como a covid. Os maiores de 60 anos e recém-nascidos são os mais vulneráveis no momento. Temos de manter as vacinas atualizadas e as medidas de proteção que esquecemos para evitar o adoecimento”, afirma.
Vacina
A Avisa autorizou, na última quarta (18), instrução normativa com novas recomendações para as vacinas contra covid-19 a serem utilizadas no Brasil.
“O vírus Sars-CoV-2 continua a evoluir e a sofrer mutações, adaptando-se ao ambiente para sobreviver. Isso tem exigido ajustes nas vacinas contra a covid-19, especialmente devido ao surgimento de variantes de preocupação. O objetivo da atualização da composição antigênica dos imunizantes contra a covid-19 é melhorar as respostas imunológicas induzidas pelas vacinas às variantes circulantes do vírus” disse em nota.
