Por: Thamiris Feitosa

Greve dos médicos suspensa até sexta-feira

Em assembleia, médicos mantiveram estado de greve | Foto: Divulgação Sindmedico-DF

O Sindicado dos Médicos (SindMédico do Distrito Federal) suspendeu a greve da categoria na rede pública, que acontece há 22 dias, até sexta-feira (27). A decisão foi uma resposta ao GDF, que propôs uma nova negociação caso suspendessem a greve. O sindicato ressalta que, apesar de acatarem o pedido, o estado de greve permanece e que as reivindicações ainda não foram atendidas.

Em contato com o GDF, a assessoria do Buriti disse ao Correio da Manhã que o governador Ibaneis Rocha e o Secretário de Estado de Economia do DF, Ney Ferraz, estão cuidando diretamente do tema. “Estão trabalhando incansavelmente para garantir melhores condições de saúde aos cidadãos, bem como aos servidores públicos da capital. Sem mais para o momento”, pontua.

Segundo o sindicato, a suspensão foi acordada durante assembleia realizada na sexta-feira (20), com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, que afirmou que, se suspensa a greve, em uma semana o governo apresenta resposta às reivindicações.

“Essa é mais uma demonstração de que estamos abertos ao diálogo e negociação com o governo. Na próxima sexta, os médicos voltam a se reunir em assembleia, ou antes, caso o governo apresente alguma contraproposta. É um voto de confiança. Caso o GDF não nos apresente nada, a disposição dos médicos reunidos em assembleia foi de retomar e ampliar a paralisação”, informa o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

Reivindicações

A proposta salarial foi entregue à SES-DF e à Secretaria de Economia requerendo a recomposição das perdas inflacionárias desde setembro de 2014 até o ano atual de 2024, correspondente a aproximadamente 47,9%. O jornal tentou contato com a Secretaria, mas sem resposta.
Além do reajuste salarial, a categoria pleiteia por outras melhorias. As principais são melhores condições de trabalho e de assistência para a população, contratação de novos médicos para recomposição do quadro, novos equipamentos de trabalho, reformas nos estabelecimentos e criação de uma comissão interinstitucional para avaliar as unidades de saúde periodicamente.

Houve a paralisação de 90% nas unidades básicas de saúde e menor atenção nos hospitais. O movimento não atingiu os prontos-socorros, UPAs, SAMU, UTIs e enfermarias hospitalares. Foi mantido um percentual de atendimento de 30% nas unidades que prestam atendimento eletivo e pleno na rede de emergências e urgências.