Por: Thamiris de Azevedo

Reservatórios baixos impactam nas contas de luz do DF

Reservatórios mais baixos geram menos energia e encarecem conta | Foto: Agência Brasil

Os consumidores brasileiros pagarão mais caro em suas contas de energia, que passam a ter tarifa em bandeira vermelha inserida no preço final, a partir desta terça-feira (1º). O aumento anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acontece em todos os estados e no Distrito Federal.

Segundo a Aneel, a bandeira tarifária instituída é de patamar 2. Isso significa que a cobrança adicional, a partir deste mês de outubro, será de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

“Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) que foram influenciados pelas previsões de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas, o que acarreta elevado acionamento de térmicas para geração de energia. A energia das térmicas é mais cara que das hidrelétricas. Além disso também há previsão de elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro”, afirma a Aneel em nota.

A última vez em que a bandeira vermelha tipo 2 havia sido acionada foi em agosto de 2021, durante uma crise hídrica.

Números hidrológicos

Os reservatórios de hidrelétrica que abastecem todo o Brasil estão com volume útil, segundo dados da Operador Nacional do Sistema Elétrico, de 37,60. No mês de maio, quando foi a maior alta do ano, estava em 73,18.

Desde então, a ONS regista que a decrescência foi contante. Em julho o número foi de 50,54, em agosto de 40,72 e atualmente o menor registo está em 37,60.

No Distrito Federal

Aqui em Brasília existe uma única hidrelétrica na barragem da bacia do Lago Paraná, a chamada sina Hidrelétrica do Paranoá (UHP). No entanto, a Companhia de Energia Elétrica de Brasília (CEB) salientou que atualmente não está gerando energia elétrica porque o nível do Lago Paranoá está muito baixo: 1000,11 da cota estimada segundo o painel da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).

“A geração da UHE do Paranoá é pequena, não conseguiria suprir a demanda do DF inteiro nem se estivesse em pleno funcionamento. A usina gerava por ano, em média, 105.000 MWh e vendia a energia gerada para a Distribuidora Neoenergia”, afirma a Companhia Energética de Brasília (CEB) em nota ao Correio da Manhã.