UnB realiza segundo turno para eleição de reitor

Comissão apura votos entre Olgamir e Rozana; decisão final será de Lula

Por Mayariane Castro

Duas mulheres disputam a Reitoria da UnB

A Universidade de Brasília (UnB) realiza entre esta terça (3) e a quarta-feira (4) o segundo turno da eleição para o cargo de reitor. A disputa está entre Olgamir Amancia Ferreira, da chapa Pensar e Fazer a UnB (Chapa 90), e Rozana Reigota Naves, da chapa Imagine UnB (Chapa 93). O resultado da votação será anunciado na sexta-feira (6), após a apuração dos votos.

A eleição para o próximo triênio será decidida pela comunidade acadêmica, composta por professores, funcionários e alunos. A apuração será conduzida pela Comissão Organizadora da Consulta (COC), que inclui representantes de todos os setores da universidade: técnico-administrativo (Sintfub), docentes (ADUnB) e estudantes (DCE Honestino Guimarães), além de fiscais e representantes das chapas.

A candidata eleita vai substituir a atual reitora, Márcia Abraão, cujo mandato termina em novembro deste ano. A pesquisadora e professora titular do Instituto de Geociências estava no cargo desde 2016, e foi a primeira reitora mulher a assumir o cargo na UnB.

Primeiro turno

No primeiro turno, realizado nos dias 20 e 21 de agosto, a Chapa 93 recebeu 11.365 votos (42,08%), enquanto a Chapa 90 obteve 8.423 votos (31,18%). A votação foi feita por meio de consulta direta à comunidade acadêmica.

A chapa "Pensar e Fazer UnB" é liderada por Olgamir Amancia Ferreira, atual decana de Extensão, com Gustavo Adolfo Sierra Romero, diretor da Faculdade de Medicina, como candidato a vice-reitor. Amancia é doutora em Educação pela UnB e foi secretária da Mulher do Distrito Federal, além de ter sido candidata a vice-governadora ao lado de Leandro Grass, em 2022.

A professora Fátima Sousa, que havia sido derrotada no primeiro turno, agora apoia Rozana Reigota. A linguista e professora do Instituto de Letras encabeça a chapa 93. O resultado da eleição será encaminhado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fará a nomeação final. Embora não seja obrigatório, a tendência é o presidente nomear o nome mais votado pelos membros da universidade.