Apesar das chuvas, previsão ainda é de calor e baixa umidade no DF

Seca histórica só perde para o ano de 1963 e supera 2004

Por Thamiris de Azevedo

Calor e seca continuarão no DF nos próximos dias

Depois de 157 dias de seca extrema, choveu no sábado (28), em vários pontos da capital federal. Porém, mesmo com as pancadas de chuvas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê ondas de calor e baixa umidade que devem persistir, pelo menos, até o primeiro fim de semana de outubro.

As rápidas chuvas foram registradas nas regiões de Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Estrutural, Sol Nascente, Vicente Pires e no Núcleo Bandeirante. A última vez que a região enfrentou uma seca intensa foi em 2022, com o marco de 133 dias.

Este está sendo o segundo ano mais seco da história. O recorde de período sem chuvas em Brasília aconteceu em 1963, quando não choveu durante 163 dias.

Há 20 anos, em 2004, o Distrito Federal batia a segunda maior seca da história, com 147 dias sem chuva. Agora, assume a segunda posição este ano de 2024.

Queimadas

O Inmet alerta, em nota, que a seca Brasília enfrenta aumenta o risco de incêndio e afeta a qualidade do ar. A orientação é intensificar os cuidados diários, ingerir bastante líquido, usar filtro solar e se proteger das fumaças das queimadas com o uso de máscaras.

O levantamento dos Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indica aumento consistente nos focos em todas as regiões do país, sendo o maior desde 2010. No Distrito Federal o aumento foi de 269% em relação a 2023.

Dados apurados com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) regista que, só neste fim de semana (28 e 29) foram 175 ocorrências por focos de incêndio. Durante o mês de setembro o quantitativo foi superior a 2.700 ocorrências.

Um incêndio atingiu uma área de preservação ambiental em Brasília, no Lago Sul, no sábado (28). A fumaça encobriu o local e o aeroporto fechou uma das pistas para pousos e descolagens por quase 6 horas.