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MT: outra capital no segundo turno

Abílio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT) vão disputar o segundo turno para a Prefeitura de Cuiabá (MT) nas eleições municipais de 2024. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Brunini, atual deputado federal, obteve 39,61% dos votos válidos (126.944 votos), enquanto Lúdio, deputado estadual, conquistou 28,31% (90.719 votos). Com isso, ambos avançam para a próxima fase da disputa, marcada para o dia 27 de outubro.

O terceiro colocado foi Eduardo Botelho (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que ficou com 27,77% dos votos (88.912 no total), ficando fora do segundo turno, apesar do apoio de importantes lideranças políticas locais, como o governador do estado, Mauro Mendes (UNIÃO).

Abílio Brunini, de 40 anos, é arquiteto e exerce seu primeiro mandato como deputado federal pelo estado. Em 2020, já havia disputado a Prefeitura de Cuiabá, mas terminou em segundo lugar. O parlamentar tem se destacado por sua forte aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro e por defender pautas conservadoras. Durante sua campanha, ele prometeu priorizar a gestão fiscal responsável e o combate à corrupção na administração pública municipal.

No entanto, recentemente, Brunini esteve envolvido em uma controvérsia durante a CPMI dos Atos Golpistas de 2023, quando foi expulso após ser acusado de fazer um gesto interpretado como associação a movimentos extremistas, o que ele negou veementemente. Antes de se filiar ao PL, o candidato passou por outros partidos, como PSC e Podemos.

Lúdio Cabral, por outro lado, tem 63 anos e uma carreira consolidada na política estadual. Médico de formação, especializado em saúde coletiva, Cabral é deputado estadual e já foi vereador de Cuiabá por dois mandatos. Filiado ao PT desde 1999, o candidato concorreu ao governo do Mato Grosso em 2014, ficando em segundo lugar.

Cabral buscou, ao longo da corrida eleitoral, atrair eleitores de diferentes espectros políticos, prometendo uma gestão voltada para todos os cidadãos, independentemente de orientação ideológica. Ele evitou a polarização, preferindo focar nos problemas concretos da cidade, como a falta de médicos e a precariedade na pavimentação.