Por: Thamiris de Azevedo

Rainha da Dinamarca visita o Cerrado brasileiro em Brasília

A rainha, com Celina Leão, no Jardim Botânico | Foto: George Gianni/Vice-governadora

A Rainha da Dinamarca, Mary Donalson, esteve na Capital Federal junto do seu Ministro do Clima, Energia e Serviços Públicos, Lars Aagaard, durante o fim de semana, nos dias 4 e 5 de outubro. O principal objetivo da visita foi encontrar o Presidente da República, Lula, para tratar de pautas relativas à situação climática e sustentabilidade, segundo a sua agenda diplomática.

Durante o encontro, o presidente agradeceu à Dinamarca pela devolução do Manto Tupinambá ao Museu Nacional do Rio de Janeiro. O item traz identidade, memória e pertencimento para os povos indígenas do Brasil, em especial para as populações tupi.

Mas a rainha também acabou cumprindo uma agenda de visitas a Brasília. Ela se reuniu com representantes do Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma) e do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) para discutir igualdade e luta contra a violência de gênero no Brasil e no mundo.

“Por meio do compromisso com os direitos de meninas e mulheres, incluindo como patrona do UNFPA, a visita pode contribuir para criar uma plataforma para trocas de experiências dinamarquesas-brasileiras”, afirma a assessoria da Embaixada da Dinamarca.

Na sexta-feira (4), acompanhada da primeira-dama Janja Lula da Silva, ela visitou a escola pública Centro Educacional do Lago para conhecer as iniciativas brasileiras de segurança alimentar. A visita faz parte de uma agenda de troca de experiências e fortalecimento da cooperação entre os dois países no combate à fome.

A rainha também foi convidada a aderir à Aliança Global pela Segurança Alimentar, que busca unir países em torno do compromisso de combater a fome e promover sistemas alimentares sustentáveis.

No Cerrado

Em visita à Embrapa Cerrados (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a rainha conheceu a Vitrine de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta implantada no local, onde atualmente estão cultivados milho, sorgo, trigo, girassol, capim braquiária e eucalipto. A tecnologia permite que o a produção de grãos e carne sejam duplicadas sem desmatar novas áreas.

Durante o trajeto, plantou uma muda de ipê-amarelo, árvore típica do Cerrado brasileiro e marca registada na paisagem de Brasília. O ato simboliza os interesses comuns entre o Brasil e a Dinamarca para uma agricultura mais sustentável e que consiste na preservação da biodiversidade

Na manhã de sábado (5), a rainha foi ao Parque Jardim Botânico de Brasília, acompanhada pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.

Durante o percurso, uma das paradas foi o Cerratenses (Centro de Excelência do Cerrado) onde a rainha e a vice-governadora puderam observar em mirantes o bioma do Cerrado. O grupo seguiu para a Trilha Krahô, percurso que proporciona imersão na vegetação nativa do Cerrado e nas tradições culturais do povo Krahô, originário do nordeste do Tocantins.