Por: Thamiris de Azevedo

Mas 171 linhas de ônibus não aceitarão dinheiro

Já são 87% os que usam o pagamento digital | Foto: Semob/DF

Na próxima segunda-feira (14), serão mais 171 linhas, totalizando 433 de 933, que não aceitam mais o pagamento físico. O número correspondendo a 46% do total de ônibus do Distrito Federal.

A Secretaria de Mobilidade do DF (Semob) pretende abolir o pagamento em dinheiro em espécie dos transportes públicos da capital. Segundo o órgão, a transição para o sistema de bilhetagem 100% digital irá acontecer de forma gradual. Já são 262 linhas de ônibus que não aceitam o dinheiro em espécie.

“Em 2023, o pagamento da passagem com dinheiro em espécie representava um montante de R$ 278,5 milhões. Além de ser um atrativo para criminosos, a circulação de dinheiro nos ônibus significa prejuízo para os passageiros”, afirma a Secretaria.

Atualmente, a Semob aponta que apenas 8% dos passageiros pagam com dinheiro em espécie. A pretensão é que esse quantitativo diminua para 5% até o final do ano. Os pagamentos realizados por meios digitais ultrapassam 87% das viagens, e destes, 46% são realizados com o cartão mobilidade.

A modalidade também permite a circulação de três acessos dentro do período de três horas cobrando apenas uma tarifa. A emissão do cartão cresceu 11% desde junho, subindo para mais de 600 mil unidades.

Outro meio de pagamento implementado, além do crédito, débito, pix e cartão mobilidade, é o bilhete avulso por meio de QR Code. Nesse caso, o usuário pode realizar a compra nos terminais rodoviários, estações de BRT e no Na Hora.

A secretararia agora quer melhorar o acesso á internet para facilitar os pagamentos. “Há algumas regiões com problemas de sinal de internet, por isso a Semob vai divulgar uma lista com algumas linhas onde excepcionalmente ainda será permitido o pagamento da tarifa com dinheiro”, explica a unidade administrativa.

Cobradores

Segundo o GDF, os cobradores não ficarão desempregados e permanecerão em seus postos durante a transição.

“Os cobradores serão mantidos em seus postos de trabalho para monitorar o sistema e auxiliar os passageiros que tiverem dificuldade no pagamento eletrônico das passagens, além de continuar recebendo os pagamentos nas linhas onde o serviço não estiver 100% implantado. De forma gradual, os cobradores serão remanejados para outras funções e para a comercialização dos cartões pelas operadoras do transporte público coletivo, lembrando que as operadoras poderão ser credenciadas pelo Banco de Brasília (BRB) para oferecer o serviço”, ressalta em nota.