O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu a condenação da vice-governadora do GDF, Celina Leão (PP), e outros três ex-deputados distritais, por corrupção passiva em razão da Operação Drácon, deflagrada em 2016.
O andamento do processo refere-se à denúncia feita pelo MPDFT pelo crime tipificado no artigo 317 do Código Penal, em razão de sua atuação como deputada distrital e presidente da Mesa diretora da Câmara Legislativa do DF entre em 2015.
A assessoria de Celina Leão enviou uma nota afirmando que ela está confiando na justiça.
“A vice-governadora Celina Leão tomou conhecimento da manifestação do MPDFT, e reafirma sua plena confiança na justiça, confiando que todas as decisões serão tomadas com firmeza, imparcialidade e total respeito à legalidade”.
Documento obtido pelo Correio da Manhã aponta que o MPDFT acusa Celina de participar de esquema que solicitou propina às empresas prestadoras de serviço de leitos de UTI e à Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), que faria manutenções em escolas públicas.
Em contrapartida ao pagamento, os distritais aprovariam emendas parlamentares que beneficiariam as empresas com recurso de sobras orçamentárias da CLDF.
O presidente da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), segundo os autos do processo, negou-se a pagar. Assim, o crédito foi destinado em benefício às prestadoras de serviço de leitos de UTI na PL no 811/2015.
Implementou-se o valor de R$ 30 milhões para UTIs e R$ 1 milhão para manutenção nas escolas.
Propina
Além da punição criminal, o Ministério Público requer o pagamento do valor de R$ 3.050.355,37 milhões, respectivo ao valor recebido em propina, para restituir os danos dos cofres públicos.
Além de Celina Leão, são acusados pelo PMDFT no processo o ex-deputado distrital e hoje secretário de Turismo do DF, Cristiano Nogueira; o ex distrital e atual deputado federal pelo partido Republicanos, Júlio César Ribeiro, e o recente administrador de Taguatinga, Renato Andrade dos Santos, conhecido como Bispo Renato, que também foi distrital na época.
A operação começou depois que Liliane Roriz, à época do caso vice-presidente da da CLDF, vazou áudios com gravações telefônicas em que os suspeitos negociavam as emendas parlamentares.