Por: Thamiris Azevedo

Software dificulta trabalho de professores

Página inicial do sistema Educa-DF | Foto: Reprodução

Gestores da Secretaria de Educação do DF (SES-DF) apontaram, em sessão da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) no plenário da Câmera Legislativa do DF (CLDF), relataram dificuldades com a transição do sistema digital I-Educar para o Educa-DF.

O novo sistema está apresentando instabilidade para emissão de documentos de alunos, boletins, registro de presença, entre outros problemas relatados. Segundo a Diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Mônica Caldeira, o que era para facilitar está fazendo os professores terem retrabalho e, como solução, os profissionais estão fazendo documentos manuais e não oficiais.

“Professores estão precisando completar o diário de madrugada, que é quando se espera um pouco de estabilidade. Uma tecnologia que propõe uma ferramenta de ponta 4.0 resultando em precarização de trabalho e horas extras para o professor. E quando não conseguem trabalhar, não entrega documento oficial para os estudantes”, destaca a dirigente o Correio da Manhã.

“É criada uma planilha separada da escola, onde são feitas anotações pessoais para preencher a planilha do Educa-DF. O professor precisa registrar as informações pelo menos três vezes, o que gera retrabalho. Além disso, o sistema digital não garante que, ao final do bimestre, na reunião de pais, o boletim será emitido. Muitas escolas estão entregando boletins e declarações manuais, o que pode causar sérios problemas no cadastro do programa Pé-de-Meia devido à inconstância do Educa-DF em salvar os registros”, completa.

Segundo o deputado e presidente da CESC, Gabriel Magno (PT), levantou-se dentro da comissão que existe na carreira um gestor de tecnologia e informação com as mesmas funções da empresa contratada para desenvolver o novo sistema.

“Verificamos o contrato da empresa que está desenvolvendo o Educa-DF e deparamos com algumas situações. Se temos hoje servidores nomeados e concurso aberto para a área de tecnologia da informação na Secretaria de Educação, por que firmar contrato com uma empresa para prestar os mesmos serviços que seriam realizados pelos servidores? O valor do contrato com a empresa que vai prestar esse serviço, que é uma atribuição dos próprios servidores, daria para nomear até 450 servidores de TI. Como não há tantos, seria possível nomear todos os 42 aprovados e ainda sobraria dinheiro”, ressalta.

Ao final da sessão, foi definido que será apresentado um plano de melhora do sistema de software à Comissão. A Sindicalista Mônica disse ao Correio que o Grupo de Trabalho vai se reunir com o Ministério Público para elaboração do documento.