Preço da conta de luz vai diminuir no DF
Após implementação de bandeira vermelha, Aneel autoriza redução de preço na tarifa de energia
Anúncio feito Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na terça-feira (15), anuncia autorização no Reajuste Tarifário Anual na Neoenergia Brasília. Atualmente, a empresa atende a cerca de 1,16 milhão de unidades. O reajuste médio será de 3,32% a partir de segunda-feira (22).
Para os consumidores de baixa tensão, domicílios e empresas de pequeno porte, a redução tarifária será de 2,98%. Já para os clientes de alta tensão, como indústrias e comércios de médio e grande porte, a redução será de 4,19%.
Segundo a Neoenergia, o que mais contribuiu para a redução da tarifa foi a quitação antecipada da Conta Covid e da Conta Escassez Hídrica. Ou seja, o pagamento de encargos setoriais e transporte de energia.
A Aneel explicou ao Correio da Manhã que esses valores são uma espécie de “empréstimo” feitos a fornecedoras de energia em 2021 e 2022 devido às condições extremas da pandemia de covid-19 e da crise climática.
“As corporações recolhiam o encargo, mas deveriam passar para essas contas. Houve uma negociação da quantia a receber e efetuou-se a quitação da dívida. Logo, o pagamento da distribuidora impacta diretamente na redução” explicou a assessoria da agência.
A Neoenergia ressalta que, na composição da tarifa, a distribuidora representa a menor parcela com apenas 14,7% do valor cobrado na fatura. A quantia é para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos.
“Isso significa que, para uma conta de R$ 100,00, por exemplo, apenas R$ 14,70 são destinados à companhia para operar, manter e expandir todo o sistema elétrico do Distrito Federal. A maior parte, 46%, são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos continuam tendo uma grande participação nos custos da tarifa de energia elétrica representando 39,2% do total”, explica a empresa.
Bandeira vermelha continua
A Aneel alerta que, apesar da redução, a bandeira vermelha continua. Segundo eles, ela é consequente das condições de geração de energia no país. Com a atual crise hídrica em todo território brasileiro, o sistema fica obrigado a recorrer à produção em termoelétricas, que são mais caras e impactam nas contas dos consumidores.