Por: Thamiris de Azevedo

Furtos de cabos de energia crescem no DF

Segundo CEB, são 57,7 km de cabeamentos furtados | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Correio da Manhã levantou, com setores responsáveis, que o Distrito Federal vem enfrentando frequentes furtos de cabos de energia na região. A subtração criminosa é tanto em espaços públicos quanto em privados.

Dados da Companhia Energética de Brasília (CEB) para o jornal apontam que, neste ano, foram 479 notificações que correspondem a 57,7 km de cabeamentos furtados de iluminação pública.
O Plano Piloto é a região com o maior índice de ocorrências de furtos de cabos, seguido de Samambaia, Ceilândia e Sobradinho.

A CEB revela preocupação: “Os números indicam que esse tipo de crime está em franca ascensão no DF, e preocupa o fato de que não se tem notícia de apuração conclusiva das centenas de boletins de ocorrência registrados”.

Levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que, de janeiro a setembro de 2024, foram 2.373 ocorrências de furtos de cabos de transmissão de dados, telefonia e energia no DF.
“A pasta realiza reuniões com representantes das forças de segurança, Neoenergia e CEB, para tratar de medidas de enfrentamento visando à redução desses. Quem comete esse tipo de delito é enquadrado no artigo 155 do Código Penal Brasileiro”, destacou a SSP.

Já a Neoenergia forneceu o quantitativo de 195 ocorrências correspondentes a 8 mil metros de cabeamento com prejuízo de R$ 875 mil. “Temos uma linha direta com os delegados para uma comunicação mais rápida e eficiente entre os órgãos. Em algumas regiões como a Asa Norte, a empresa também está soldando as entradas das caixas de energia e estações transformadoras”, aponta.

Operação Power Cup

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, semana passada, operação para desarticular organização criminosa envolvida no furto de cabos e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva e 48 mandados de busca e apreensão. Também houve sequestro de bens com bloqueio de R$ 5.789.295,80 milhões em contas bancárias vinculadas aos investigados.

Ainda, confirmam em nota ao Correio da Manhã, que a apuração segue em investigação e que em breve novas ações serão tomadas.