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Liderança preta no Mercado de Trabalho

Em 2023, a população negra no Distrito Federal consolidou seu protagonismo no mercado de trabalho, representando 60,8% das pessoas ocupadas, segundo o boletim anual "População Negra e o Mercado de Trabalho no DF".

O levantamento, divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), reforça a relevância desse grupo na economia local, destacando a importância de políticas públicas que garantam condições de igualdade.

O estudo aponta que a população negra está predominantemente em setores como construção civil, comércio e indústria de transformação, com índices de 74,7%, 66,5% e 64,4%, respectivamente.

Embora o setor de serviços continue a ser o principal espaço de atuação, com 71,5% dos trabalhadores negros, há uma presença crescente também no comércio (17,4%) e na construção (6,1%). O aumento de 1,4% nos rendimentos médios reais da população negra, que chegou a R$ 3.569, reflete avanços, especialmente no setor privado.

Apesar desses avanços, desafios persistem. A taxa de desemprego entre negros no DF subiu para 17,9%, acima da média geral de 13,5%. No entanto, o tempo médio de busca por emprego diminuiu de 12 para 11 meses, indicando maior eficiência na recolocação profissional.

A presença de negros em posições vulneráveis, como emprego doméstico e trabalho autônomo, ainda é significativa, assim como a baixa representatividade no setor público, onde os negros ocupam 17% das vagas. Além disso, o boletim destaca a necessidade de maior equidade no acesso a empregos com melhores condições.