O fim de ano sempre gera expectativa para o setor produtor. Pesquisa realizada pelo instituto Fecomércio do Distrito Federal estima que as vendas durante o período do Natal aumentem 9%, gerando R$ 992 milhões para a economia da Capital Federal. Segundo a pesquisa, os consumidores pretendem investir 14,8% a mais, em comparação ao ano passado.
De acordo com o levantamento, 84,5% das pessoas pretendem entregar presentes de Natal, sendo a maior parte em vestuário e acessórios (24,1%). Em seguida, vêm brinquedos (21,7%), calçados (16,2%), cosméticos e perfumes (14,4%) e eletroeletrônicos (8,2%). Produtos culturais apontam somente 0,4% da pretensão de compras dos residentes do DF.
A pesquisa também aponta que, dentre os 14,1% que não vão presentar, 50,6% dos entrevistados responderam que é por dificuldade financeira.
“Esse resultado positivo está ligado aos reajustes salariais nos setores público e privado, que ampliaram a massa salarial, além da redução do desemprego no Distrito Federal. Um reflexo desse cenário é o desempenho do varejo: de janeiro a setembro deste ano, registramos um crescimento de 5,5%, em contraste com a retração de 0,4% em 2023”, destaca José Aparecido Freire, presidente do Sistema Fecomércio-DF.
O estudo divulgado pelo Instituto também projetou 3,7 mil contratações temporárias durante o período de final de ano.
Cestas de Natal
Em contrapartida, pesquisa do Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas aponta projeção nacional de aumento em até 9,16% nas cestas natalinas. Ano passado, o preço da cesta era de R$ 402,45 e este ano, estima-se o preço de R$ 439,90.
O maior aumento é no azeite de oliva, que registrou aumento de 21,30% em comparação ao mesmo período de 2023. Já o lombo de porco subiu 19,72%.
O Coordenador da pesquisa, Guilherme Moreira, explicou ao Correio da Manhã que o período de estiagem e queimadas influenciaram no aumento das carnes.
“Nós tivemos um aumento considerável. As carnes, de forma geral, foram influenciadas pelas secas extremas e queimadas. Também há o fator da taxa de câmbio desvalorizada e aumento nos produtos importados. Por conta disso, também considerando que no final do ano a demanda é maior e os custos ficam mais elevados, os preços do Natal devem continuar elevados”.
Matéria editada, com correções, em 06/12 Às 13h50