Corte de orçamento em pesquisa no DF
Pesquisadores da Rede Biota Cerrado, coordenada pela Universidade de Brasília (UnB), enfrentam incertezas após a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) anunciar que não repassará os R$ 2,5 milhões aprovados para o projeto.
O corte, de acordo com informações da Secretaria de Comunicação institucional (Secom-UnB), representa 70% do capital e 80% dos recursos de custeio, essenciais para atividades como inventários biológicos e estudos sobre mudanças climáticas no bioma mais ameaçado do Brasil. A verba seria usada em expedições, aquisição de equipamentos e manutenção de acervos científicos.
Ainda segundo a Secom-UnB, desde dezembro de 2022, o projeto vinha operando com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Com esses fundos, a iniciativa conseguiu implementar bolsas de pesquisa, recuperar equipamentos e conduzir estudos relacionados à biodiversidade, ao impacto do fogo e às mudanças climáticas
O Cerrado, com a maior taxa de degradação ambiental no Brasil, era o foco central do trabalho. O corte impacta diretamente dezenas de pesquisadores e instituições de todo o país, comprometendo também a formação de novos cientistas, um dos objetivos principais do projeto. Sem os recursos, atividades como inventários e estratégias de restauração ecológica podem ser paralisadas.
A decisão reforça os desafios enfrentados pela ciência brasileira, especialmente em iniciativas de sustentabilidade. O projeto também inclui ações voltadas à sensibilização ambiental e à educação.