IA auxilia no monitoramento do Tribunal de Contas do DF
Ferramenta ajuda na fiscalização das contas do governo e seus gestores
O Tribunal de Contas do DF (TCDF) lançou o sistema de Análise de Decisões Automatizadas (ADA), para aperfeiçoar os painéis de monitoramento de cumprimento das decisões expedidas para os órgãos distritais.
Segundo a descrição da própria plataforma, o objetivo é permitir o levantamento rápido de dados internos de todas as decisões tomadas a partir de 2014.
Ao Correio da Manhã, o tribunal destaca que a ferramenta promove maior transparência para toda a sociedade.
“Esse recurso não apenas fortalece a atuação do tribunal, mas também promove maior transparência para gestores públicos distritais e para toda a sociedade, permitindo um acompanhamento mais eficiente das ações determinadas pela Corte”.
Funcionamento
A partir de técnicas de Processamento de Linguagem Natural e Aprendizado de Máquina, pretende-se adequar a Inteligência Artificial à estrutura do tribunal. Assim, a ferramenta possibilita um levantamento rápido de dados relativos às decisões internas, de maneira organizada e classificadas por tipos, identificando seus destinatários e precedentes.
O TCDF destaca para a reportagem que o sistema não é para minutas de condenações, mas visa induzir políticas públicas por meio do monitoramento automatizado das decisões, apontando para gestores públicos distritais diligências pendentes de cumprimento.
O TCDF aprecia e fiscaliza todos os serviços e órgãos governamentais e de gestão de Brasília. A partir das fiscalizações, elaboram relatórios, pareceres e de denúncias.
Para o presidente do TCDF, Márcio Michel, a Corte tem um papel essencial na fiscalização e no controle do uso do dinheiro público.
“Além de realizar auditorias, inspeções e análises em contratos, licitações e projetos executados do governo distrital, o TCDF disponibiliza os resultados de suas ações em relatórios públicos. Assim, qualquer cidadão pode identificar onde há irregularidades e cobrar providências e melhorias dos órgãos públicos, por meio do chamado controle social”.
Em 2024. o tribunal aplicou R$ 319,7 milhões em condenações e economizou cerca de R$ 1,46 bilhão na fiscalização de licitações públicas.