Por:

Monitoramento digital ajuda vítimas de violência no DF

Em 2024, o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP) emitiu mais de 13 mil alertas no Distrito Federal, auxiliando na segurança de mulheres protegidas por Medida Protetiva de Urgência (MPU).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública distrital (SSP-DF), a medida é ativada por decisão judicial, com monitoramento simultâneo de vítimas e também de agressores.

As mulheres recebem um aparelho portátil, enquanto os agressores utilizam tornozeleiras eletrônicas, ambos rastreados 24 horas por dia por agentes da SSP-DF.

Desde o início do programa, mais de 2,5 mil pessoas foram monitoradas, sem registro de violação à integridade física das mulheres atendidas.

Apenas em 2024, 625 pessoas foram acompanhadas, sendo 277 vítimas e 348 agressores. O sistema também levou à prisão de 80 indivíduos que descumpriram regras judiciais.

Diariamente, equipes registram entre 200 e 300 violações, e atualmente 168 pessoas estão sob monitoramento, com 875 dispositivos e 437 tornozeleiras ativas no contrato vigente.

O programa começou em 2020 e cresceu nos últimos anos, resultado do aumento na visibilidade e no encaminhamento de casos pelo Judiciário.

Em 2024, recebeu reconhecimento nacional, vencendo o prêmio Consórcio Brasil Central por práticas inovadoras em segurança pública, entre 170 projetos inscritos.

O DMPP integra o eixo "Mulher Mais Segura" do programa "DF Mais Seguro - Segurança Integral", que adota medidas preventivas e promove a denúncia como a melhor forma de interromper ciclos de violência doméstica.

Desde o início, o número de monitorados vem crescendo: foram 40 pessoas em 2021, 185 em 2022 e 535 em 2023, antes de atingir 625 em 2024.

Além de proteger diretamente as vítimas, o programa busca ainda incentivar a notificação de casos e combater a subnotificação.

A SSP-DF reforça a importância de registrar ocorrências e solicitar medidas protetivas para que a rede de apoio possa atuar de maneira mais eficiente, garantindo maior segurança para mulheres em situação de vulnerabilidade.

As informações foram divulgadas na quinta-feira (2) pela Agência Brasília, o canal oficial de comunicação do governo do DF (GDF).