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Prefeito suspende próprio salário por conta de dívidas

Por Mateus Lincoln

O prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), Leandro Vilela (MDB), anunciou a suspensão do seu próprio salário até que a folha de dezembro dos servidores municipais seja integralmente quitada.

O comunicado foi feito na última quarta-feira (15), após o prefeito detalhar o déficit financeiro de R$ 500 milhões deixado pela gestão anterior.

Para regularizar os pagamentos, Leandro Vilela apresentou um cronograma que prevê o parcelamento da dívida em três etapas, com depósitos nos dias 21 de janeiro, 21 de fevereiro e 21 de março.

Conforme o que foi divulgado pela prefeitura, a dívida de R$ 58 milhões foi causada pela escolha da gestão anterior de destinar R$ 135 milhões para fornecedores em dezembro, deixando os salários atrasados.

A prefeitura iniciou reuniões com sindicatos, deputados e vereadores para discutir soluções.

O acordo, construído com representantes dos sindicatos dos trabalhadores em Educação, do SUS e da Guarda Civil, foi aprovado pelos servidores em assembleia na última terça-feira (14).

Além do parcelamento, o prefeito Vilela garantiu ainda que os salários de janeiro, fevereiro e março serão pagos dentro do prazo legal.

Apesar da crise financeira, Vilela afirmou que pretende, no futuro, quitar os salários dentro do mês trabalhado.

Ele também destacou que a participação dos servidores no diálogo tem sido essencial para garantir a compreensão das medidas tomadas pela nova gestão.

A proposta tem o objetivo de atender não apenas às obrigações deixadas pela administração anterior, mas também construir uma nova cultura de gestão pública.

Vilela destacou o compromisso com transparência e eficiência como os pilares da sua administração.

Ainda segundo a prefeitura, para os sindicatos, a iniciativa de negociar na primeira semana de mandato reforça a disposição da nova gestão em resolver os problemas herdados.

O plano de parcelamento, de acordo com a prefeitura, não comprometerá a prestação de serviços essenciais, já que o orçamento está sendo reorganizado para priorizar a regularização dos pagamentos sem prejuízo ao funcionamento da máquina pública.