Por: Thamiris de Azevedo

Assassino da UnB comete novo crime

Vinicius Neres já tinha sido condenado por feminicídio | Foto: TJDFT

O Ministério Público do DF (MPDFT) denunciou, nesta segunda-feira (17), Vinícius Neres Ribeiro por tentativa de feminicídio da ex-namorada. O caso aconteceu em 11 de março, quando ele foi pego pela Polícia Penal próximo à casa da vítima, no Gama, ocasião em que Neres tinha deixado o gás de cozinha da casa ligado com o intuito de asfixiá-la.

Segundo informações dos policiais penais, o acusado portava uma mochila com diversos objetos como facas, abraçadeiras, alicate, lanterna, serras e um frasco de lubrificante íntimo.

Em nota, a promotoria afirma que o crime não se consumou pois perceberam o cheiro de gás.

“Vinícius entrou clandestinamente na residência da vítima e deixou aberta a válvula de liberação do gás da cozinha, que se espalhou e tomou conta de todo o ambiente. O intuito era que a vítima, ao retornar à casa, inalasse a substância e morresse em decorrência de asfixia. O feminicídio não se consumou porque policiais detectaram o vazamento e acionaram o Corpo de Bombeiros antes que ela retornasse ao local”.

O réu cumpria pena em regime semiaberto e estava foragido desde o dia 7 de março do Centro de Progressão Penitenciária. O MPDFT confirma que a progressão do fechado para o semiaberto foi estabelecida em decisão judicial e que Vinícius irá responder, também, pelo descumprimento.

Em 2024, foi sancionada a Lei de feminicídio, quando a pena foi majorada, podendo o criminoso cumprir entre 20 e 40 anos de prisão. Antes da sanção, o feminicídio fazia parte qualificadora do crime de homicídio, que prevê pena máxima de 30 anos.

UnB

Em março de 2016, Vinicius Neres foi preso em flagrante após matar a ex-namorada, estudante da Universidade de Brasília (UnB), no laboratório de Biologia do campus. Ele fez a vítima consumir clorofórmio e a asfixiou até a morte.

Dias antes do ocorrido, Louise havia registrado ocorrências policiais e decretação de medidas protetivas de urgência por crimes de perseguição, violência psicológica e falsidade ideológica, entre outros.

Neres foi condenado pelo Tribunal do Júri de Brasília, em 2017, a 22 anos em regime fechado por homicídio quadruplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

O assassino também recebeu sanção disciplinar da Universidade e foi expulso do curso de Ciências Biológicas.