Mato Grosso do Sul deve colher 14,6 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024, volume 11,4% maior que o registrado no ciclo anterior.
Os dados, divulgados pelo Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-MS), mostram que a área plantada atingiu 4,5 milhões de hectares, aumento de 6,8% em relação à safra passada.
A produtividade média foi revisada para 54,4 sacas por hectare, superando as expectativas iniciais de 51,7 sacas.
A segunda safra de milho também apresenta crescimento expressivo, com previsão de 10,2 milhões de toneladas em 2,1 milhões de hectares cultivados, representando aumento de 20,6% na produção.
O levantamento considera informações coletadas junto a técnicos, produtores e entidades representativas em todas as regiões produtoras.
Apesar do bom desempenho geral, cerca de 2,3 milhões de hectares (51% da área total) sofreram com estresse hídrico, principalmente nos plantios realizados entre setembro e outubro, quando as chuvas ficaram 30% abaixo da média histórica.
Até 28 de março, 93% da área de soja havia sido colhida, com ritmo ligeiramente inferior à média histórica.
A região sul liderava o processo com 94,8% de avanço, seguida pela região centro (92%) e norte (87,5%).
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, ressalta que os dados ainda podem sofrer ajustes, mas já apontam para uma recuperação significativa frente aos desafios climáticos enfrentados.
Os municípios de Maracaju e Dourados apresentaram os melhores resultados de produtividade. O desempenho, segundo a agência estadual, consolida o estado como um dos principais celeiros do país, com produção recorde mesmo em condições adversas.